Estamos chegando à metade do ano. Sua empresa atingiu as metas para o primeiro semestre? O desempenho é positivo? Se não é o ideal ou está longe disso, ainda dá tempo de corrigir a rota? Essas são questões que costumam atormentar os líderes nessa época e os resultados obtidos no balanço dos primeiros seis meses dizem muito sobre como será o resto ano em cada empresa.
Em relação ao planejamento anual, as empresas costumam dividir-se em dois grupos: um deles reúne aquelas que atribuem importância ao acompanhamento de seu planejamento ou de seus indicadores de performance. Essas ficam incomodadas quando os resultados alcançados ficam cada vez mais distantes das metas estabelecidas. Para elas, essas ferramentas de gestão não são apenas importantes direcionadores estratégicos e táticos, mas também norteadores da eficiência das ações que estão em andamento.
Evidentemente, os sinais de alerta sobre as condições das empresas já foram acionados no decorrer do semestre e algumas delas já tomaram medidas corretivas para reverter a situação. Para elas, os resultados são alcançados a partir de suas decisões e ações em consonância com a dinâmica do mercado e contingências ambientais.
Outro grupo – ao qual muitas empresas pertencem – provavelmente esperaram que variáveis externas tomassem um rumo mais promissor, possibilitando o atingimento de seus objetivos. Para essas, na maioria das vezes, há uma defasagem entre expectativa e realidade e pior do que metas não atingidas é o fato de não se ter definidas ações corretivas para cenários mais desfavoráveis. As preocupações tornam-se maiores quando os resultados não atingidos podem significar prejuízos e déficit de fluxo de caixa comprometendo a saúde financeira e mercadológica da empresa e sua sustentabilidade. Adiciona-se gravidade a este momento quando a inexistência de ações corretivas trarão maior lentidão em uma possível reversão deste quadro.
Aquilo que não é medido não é gerenciado.
Estabelecer objetivos e metas sem instrumentos para gerenciá-los é o mesmo que não tê-los. Como dizem os especialistas, aquilo que não é medido, não é gerenciado. E dá tempo para tomar medidas corretivas em seis meses para fechar o ano com as metas atingidas? É preciso avaliar com clareza alguns pontos:
Ação estratégica
Para evitar as angústias de meio de ano, a recomendação é agir antecipadamente. É preciso encarar o planejamento como uma ação estratégica e não como um exercício burocrático. O acompanhamento dos resultados deve ser assumido como uma atividade preventiva e corretiva. Somente o hábito de seguir de perto o desempenho da empresa, dos líderes e das equipes possibilitará a navegação mais segura em mares altamente turbulentos.
Outra atitude que pode minimizar a apreensão do fim do primeiro semestre é o estabelecimento de metas sempre muito realistas. Para elaborá-las, é necessário conhecer o contexto tanto externo como interno e assim definir o desafio esperado para organização. A flexibilidade, a criatividade, a coragem e a prontidão devem estar na definição das ações necessárias para atingi-las ou na correção de rumo. Momentos difíceis exigem muito mais dos líderes, das equipes e da alocação inteligente dos recursos. Não dá para deixar para amanhã.